sexta-feira, outubro 24, 2008

Jogo da Amarelinha, cap 77

Abri uma das minhas pastas de desenho. Era uma pasta de educação artística, da época de ginásio. Tinha alguns sonhos guardados lá dentro. Daqueles de época de solidão mal digerida. Fora os sonhos, também tinha lá umas divisórias de fichário.
Por algum motivo, sempre fui de juntar tranqueiras das mais absurdas, com o propósito de que talvez fossem úteis um dia ou até mesmo em respeito à memória (?!) do que eu usei.
Porque tudo tem algum sentido sagrado escondido.
Como a formiga com asas no meu banheiro ontem. Estava dentro do box e entrou em pânico quando liguei o chuveiro. Grudou-se na parede miseravelmente, o mais que podia. E eu esperando a água esquentar, porque o chuveiro é a gás. Pobre criatura, como não sabia que invadir um território meu é assinar sua sentença de morte?! Mas eu não queria matar nada. Não quero a culpa dos meus atos pra cima de mim, desde a barata, eu creio. Apenas uma barata.
Então virei as costas, fechei o box e fui escovar os dentes, enquanto a água esquentava.
Quando voltei, a água quente, ela já tinha sumido.
Idiota. A (ir)responsabilidade dos pequenos atos, não? É tão fácil virar as costas e deixar que a formiga morra, como se não fosse com você, como se não fosse você quem, pra começo de história, ligou o chuveiro.
"Ah, mas é uma formiga, é pequena coisa.."
Sim, fato, na medida que crescem é que ganham importância, pelo visto, não é?
Vai saber, o mal dos pequenos frascos.

Mas... voltando à divisória de fichário...

Em algumas tinham uns escritos, desses que amigas fazem em cadernos umas das outras. Só que no ginásio eu não tinha amigos, então que raios...? E leio. E a coisa era que todos continham um "não te conheço muito bem". Ah, é?
Que coisa. Nem eu.




- Você fez bem em vir para casa, meu amor, se estava tão cansado.
- There's not a place like home - disse Oliveira.
- Tome uotro matezinho, acabou de ser feito.
- Com os olhos fechados parece ainda mais amargo, é uma maravilha. Se você me deixasse dormir um pouco, enquanto lê uma dessas suas revistas.
- Sim, querido - respondeu Gekrepten, secando as lágrimas e procurando "Idílio" por pura obediência, embora se sentisse incapaz de ler o que quer que fosse.
- Gekrepten.
- Sim, amor.
- Não se preocupe com tudo isto, minha velha.
- É claro que não, meu bem. Espere que vou colocar outra compressa fria.
- Dentro de um instante levanto-me e vamos dar um passeio por Almagro. É bem possível que esteja passando algum musical colorido.
- Amanhã, meu amor, agora é melhor que descanse. Você veio com uma cara...
- São coisas da profissão, que posso fazer? Não se preocupe. Escute com o Cem Pesos está cantando, lá embaixo.
- Devem estar trocando sua comida, animalzinho de Deus - disse Gekrepten. - Está agradecendo...
- Agradecendo - repetiu Oliveira. - Agradecer a que o tem engaiolado.
- Os animais não se dão conta.
- Os animais - repetiu Oliveira.

domingo, outubro 12, 2008

uma flor de pessoua...

hurray!

Porque todo mundo quer ter um Lord Vader descartável e ambientalmente correto em casa...





segunda-feira, outubro 06, 2008

sabe o que que eu quero de presente de aniversário?

isto aqui.

Maaaaaaassss.... se tu estiver com dinheiros sobrando... eu tb aceito este aqui de muuuuito bom grado..