quinta-feira, janeiro 25, 2007

Fico incrível...

... com minha capacidade de, eventualmente, nutrir indiferença (e até mesmo ódio) pela raça humana, e não um espécime apenas....
Abraço o mundo com um ódio incontrolável e infantil, querendo sufocá-lo até não saber mais.
E, de repente, me deparo com o mundo, mundo, vasto mundo. Abro os olhos e, com todos meus sentidos, engulo a realidade que me cerca, grávida de futuro, ávida pela paz ao meu coração de mãe. E olho o mar, o mar chora, o mar tem raiva, o mar é meu filho e eu. Ollho o céu e o ar, meus filhos distante, mães onipresentes, envolvedoras e machucadas, somos um. Toco a terra, caio nela e a poeira se levanta, duro e machucado, do pó eu vim ao pó eu volto.


Sou tudo e nada, mas mais nada que tudo, pois sou humana, e o legado de nossa decadência manifesta-se tanto em meu sangue quanto em qualquer pessoa que aceita sua sina humana sem contestar.

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