Inicialmente, era para ser uma sátira ao "dia depois de amanhã", sátira que foi crescendo na proporção de uma frase verdadeira que se tornou.
Ter este blogue desde os meus 18 anos (e hoje tenho vinte e um, rá! I'm surviving, beibe), me fez anotar uma parte dos meus tropeços, burradas, cabeçadas, risadas e acertos.
Ter um dia antes de ontem é remeter ao passado, e, no final, tudo o que se escreve, bem ou mal, é passado, porque mesmo que seja atual e inovador o que é dito, o presente é instantâneo, momentâneo, como uma explosão de estalinho. O passado é eterno, pode ser modificado de acordo com a visão que se adota, mas o que foi feito foi feito, só há papel e restos de pólvora pelo chão agora.
O passado é o presente feito, e aqui está anotado, são minhas pequenas e queridas cicatrizações, que "mostram que o passado foi real", diria Lecter.
Acredito em muitas coisas, acredito que desde aquela época eu mudei, acredito e espero que eu mude sempre e, se possível, para me tornar uma pessoa melhor, acredito que o mundo muda a cada segundo e que o dia antes de ontem serve de exemplo para que o melhor seja extraído de cada um. Cada minúscula explosão de estalinho teve o seu momento único, cada uma fez o barulho e brilhou da forma que deveria, sendo boa ou ruim, foi única. E é assim que a gente cresce, não é? Quando aprende a conciliar o passado e o presente, abraçando-os, mas deixando sempre espaço para o futuro.
48x16 Recorrência - parte 1
Há 5 meses
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