sábado, dezembro 15, 2007

Sereníssima ou olha que o texto é sentimentalóide, mas é narcisismo puro, ou quase isso..

Não gosto das mentiras, daquelas esperas que resultam no silêncio. Ainda assim...

Tudo bem que aqui tá piegas, sentimentalista e tudo mais e chega, né?

Mas ainda assim, aqui é o meu canto, é o todo lugar que tenho pra escrever e pra deixar falar e falar e falar o quanto eu sou eu, porque tenho que ser mais eu, se for menos eu, o que já fui, eu me espedaço denovo. E que tenho que fazer o que é certo, ao menos pra mim.

Ainda tô aqui, esperando. É que sou besta. Mas não posso ligar, já liguei da última vez. It's your time, mas acho que, se depender disso, não recebo ligação nenhuma.

Falou que, quando aquela hora chegasse, você não olharia mais aqui.

Me pergunto, se, por acaso, você já parou de olhá-lo, mesmo sem essa hora chegar.

Argh, odeio falar disso. Porque até imagino sua cara, lendo.. e talvez pensando "denovo?!" daquele seu jeito que quase me dá medo. Mas calma, que hoje não vou falar de você, porque cansei de ser monovista, caolha, olhando só pro meu ladinho.

Ao menos quando estamos juntos a coisa é diferente. Hay risadas e bilhar e pingue-e-pongue e aquelas corridas e eu me estabacando no chão e mais risadas... os melhores momentos do mundo. Mesmo com meus diálogos macabéicos que tiro sabe-se lá de onde.


Tá tá tá.. odeio ficar aqui me fazendo açougue (li isso num lugar): essa coisa de me fatiar e pendurar.. esperando a apreciação de quem passa.

E acho que tem nada a ver com você. A ver comigo mesmo. Que fui a vida inteira weird person... eu e meus achismos e peripécias desimportantes.

Detesto também ser melodramática master, mas sou exagerada, já me conhece há uns anos, não devo ser tão surpreendente assim. E acho que isso também não deve estar to absurdamente torturante de se ler. Leu até aqui, ao menos.

Bom, mas tá, descobri que sou trolha. Não, não descobri. Só tive a certeza.

E isso me incomoda, mas nada de dor profunda, não... É mais aquele espinho, talvez o de sempre.

E sabe que lido com as coisas de uma maneira não tão racional quanto gostaria, aliás, adoraria ser simplista. Mas vá, eu troco os pés pelas mãos, encho a cara e acho que o Freddie Mercury, Renato Russo e talvez a Lispector, os seres que mais me entenderiam na face da terra, e ainda assim...

Meu mundinho é complicado. É inho, bagunçado, com milhões de cores e músicas que guardaram memória... Tenho milhares e milhares de "tiurias", ridículas e conspiratórias, como a das abelhas que me perseguem. E complico as coisas todas todas todas... principalmente as que devem ser simplificadas. E tenho a capacidade de embramar mais ainda as complicadas. Como quando queimo o café líquido. Por sinal, hoje carbonizei o pão-de-queijo. Há quem diga que ficou bom.

E também pra me mudar... sou felizinha assim, por incrível que pareça.. por incrível que arranje briga com todo mundo e engula milhões de sapos (porque tem gente pra quem eu não vou, não adianta, não vou dar resposta atravessada). Tenho esse meu jeito meio ogra, de trogloditar, às vezes.. estabanada, completamente, mesmo quando tomo o maior cuidado do mundo.. conseguir ser cabeça de vento e ter essa cabeça dura aqui que sempre tem a pimenta na ponta da língua, mesmo que seja pra dar resposta errada e falar demais coisas completamente desimportantes e nonsense, de jeito que quem ouve mal consegue dar ouvidos aos pensamentos.. como se fosse uma Emília, só que sem o charme petulante dos olhos de botão.

Posso até tentar mudar, mas todo mundo tem o seu ponto de elástico.
É claro que sei que preciso mudar, porque o mundo gira-gira-gira, e você não pode parar no meio do caminho, e sei que tenho que melhorar coisas pracaralho. Mas tem hora que não vai, não dá. Não quero chegar tão perto do ponto de estouro. Já me metamorfoseei tanto e tantas vezes que agora quero me curtir um pouco nas minhas corezinhas.. aposto que tem verde, naquele tom que gosto. Quem sabe até seja aquarela.





C'est moi, mon chèr... c'est completamente moi.

With or without you.

Só que prefiro com você.

Um comentário:

Adolfo Vasconcelos disse...

Gostei do texto... muito interessante, solto, leve, despretencioso e emocional ... está bem livre, o que deve ser realmente uma senhora parte de sua personalidade!

Bjão