Entre os diversos e-mails que chegam para o Centro Acadêmico da Filosofia, alguns desafiam o leitor com tamanha provocação que fica difícil de não participar ativamente da construção do noticiado.
As últimas quentinhas do mundo político começaram no início das férias (como de costume), quando o Poder Público do Estado de São Paulo (Assembléia Legislativa) propôs a Lei de Inovação, que se consolida na promessa de investimento na pesquisa operacional feita pelos de(s)cretos do Governador Serra do ano passado. Lembram...? Ocupação da reitoria, coisa e tal...
Agora a sensação da USP são as Olimpíadas. Olímpiadas de Inovação Tecnológica. Nossos atletas do conhecimento são impulsionados, cada vez mais em suas pesquisas, por interferências financeiras diversas. Vejam a mais recente organizadora de uma dessas competições...:
06/08/2008
Monsanto na USP
O jornal Brasil de Fato desta semana (ed. 284) denuncia mais uma acordo que coloca instituições públicas a serviço dos interesses privados. A Monsanto firmou um convênio com a USP (Universidade de São Paulo), no início deste ano, cuja versão original do contrato, revisto após pressão de professores, submetia a USP a sigilo absoluto e a subordinava a uma lei dos EUA. Uma cláusula que permaneceu no documento, a oitava, estabelece que a Universidade e sua Fundação, a Fusp, são obrigadas a manter sigilo em relação à toda informação relacionada às atividades da Monsanto.
A parceria entre a USP e a transnacional estadunidense se insere dentro de um projeto de pré-iniciação científica para estudantes do ensino médio da rede estadual, feito também em parceria com a Secretaria de Educação do Estado. A USP disponibilizará seus laboratórios e alguns docentes que aceitem receber esses estudantes. A Monsanto financiará parte do projeto, num valor de R$ 220 mil, destinado a garantir bolsas a professores da rede estadual que acompanharão os alunos participantes. Ao todo, o projeto atingirá 500 estudantes e 60 docentes. As bolsas estudantis serão, por sua vez, financiadas pelo banco Santander, com uma verba bastante superior àquela fornecida pela Monsanto.
Para Ermínia Maricato, representante docente da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo no Conselho de Pesquisa da USP, o convênio com a transnacional pode prejudicar a imagem da instituição de ensino. "Não concordo que a USP assine convênio com essa empresa, contra a qual existem fatos graves", finaliza.
Leia a íntegra da matéria no jornal Brasil de Fato desta semana.
48x16 Recorrência - parte 1
Há 5 meses
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