GILBERTO DIMENSTEIN
colunista da Folha Online
Diante das seguidas más notícias sobre qualidade de ensino, o governo José Serra vai anunciar nesta terça-feira a criação de uma escola de formação de professores, obrigatória para os novos professores da rede pública. Serão 360 horas de formação durante quatro meses com atividades em classe e práticas escolares.
Um projeto de lei enviado à Alesp (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo) vai estabelecer que o ingresso de professores, diretores e supervisores na rede pública estadual vai exigir, além do concurso público, a aprovação no curso de formação. Durante o curso, os candidatos a professor receberão 70% do salário inicial da categoria.
A Escola de Formação de Professores do Estado de São Paulo ocupará o Edifício André Franco Montoro, na rua João Ramalho, região de Perdizes (zona oeste de São Paulo), e vai utilizar também a estrutura da Rede do Saber de ensino a distância, combinada com atividades presenciais e práticas de sala de aula. Serão feitas parcerias com universidades públicas e aproveitadas as experiências de várias ONGs que atuam no apoio à educação pública.
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Parece que nosso querido governador nunca vai desistir da idéia do ensino à distância, não é?
A mim parece inadmissível que sejam formados professores que não estiveram de corpo presente na maioria das aulas que receberam, de que parte de um ensino à distância pode ser retirado um ensino de qualidade?
Sem contar que ter uma escola para formação de professores não é a medida correta, acho, uma vez que há a padronização do que vai ser ensinado (com base no, já cheio de erros, material didático fornecido pelo governo). Cada região e cada escola nela contida possui suas deficiências, quando paramos para analizar que também cada faculdade possui diferentes tipos de formação e, conhecendo a clássica do governo do Serra (também conhecido como o cara dos puxadinhos 1 e 2), tudo vai ser padronizado por baixo.
Um comentário:
Por que mudou de nome? POr que Babalu? ;)
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