quarta-feira, dezembro 02, 2009

Are we just programmed?

Acho que a gente passa (ou ao menos deveria passar) bastante tempo acreditando em coisas.
Não que esta seja a grande frase reveladora do ano, santa redundância à parte, mas.. é verdade.

To believe in something. A grande sacada do momento, se quer saber minha opinião.

Tenho saudades das minhas manias não consumadas, como fumar um cigarro enquanto escrevo. A imagem até que é cool, mas pra mim nem tanto.

Passando tanto tempo correndo desesperadamente atrás de sonhos, metas, estrelas que pretendemos atingir, para um dia as colocarmos num mural na parede, e falar pra todos que você fez algo da sua vida, que ela não foi em vão.

Até onde vai o conceito de uma vida em vão?
Platão dizia que uma vida sem exame não merece ser vivida. É bem provável que tenha razão, pois o que se espera de uma pessoa que não reage criticamente ao seu meio?

Mas então, se tudo fica por conta da razão, onde ficariam nossos sentimentos, nossas paixões?

Talvez para Espinosa, paixões só devessem servir para os vulgos. As pessoas "de nível acima" não deveriam se deixar levar por sentimentos atordoantes, sejam de alegria ou tristeza.

Me pergunto onde ficariam as relações pessoais, se levássemos realmente em conta tudo o que os filósofos dissessem. E os contatos, relações pessoais?

Eventualmente a vida parece esmagadora, seja pelo excesso de opções, seja pela estrada vazia. No final, nunca vamos saber mesmo o que estava ali. Tudo o que se espera minimamente é alguém com braços abertos, na hora em que se volta para casa. A pessoa pode não estar fisicamente ali, e pode nem ser uma pessoa, mas saber que tem alguém que pensa em você neste instante, que se preocupa se você chegou bem em casa..

acredite, faz toda diferença.

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