quarta-feira, janeiro 23, 2008

aiquepeninhadegalinha

Que milhares de coisas estão aqui agora na cabeça e nem me lembro ao certo o que era pra ser dito, se é que algo deveria ser dito meudeus o que estou fazendo aqui escrevendo essas coisas todas sem nexo?! oh god, a jessica está com medo de mim porque recusei chocolate toblerone. oh god. oh god. say sandwich. sou tão Maga, aquela, do Cortázar. mas não, não sei de nada, tá tudo confusinho aqui na cabeça e eu só queria me deixar ficar balançando, mas eu não posso fazer isso, não eu, Rocamadour, porque tenho náuseas tão fácil quanto dor de cabeça e me deixo cair no chão como um copo que se quebra e não volta mais.

Minha película que me impede de me espatifar parece cada vez mais e mais fina, ah, não quero isso não, essa indiferença do cacete que me cansa até os ossos. era melhor viver no oito ou oitenta do que nesse maldito quarenta. Que o coração. Não, não é por você, seu feio, é coisa de mim aqui. O coração tá aqui espetadinho dentro de mim, como se estivesse enrolado só numas partes por uma corda que ficasse apertando e apertando e apertando, quimimporta toda essa coisa!?

Que sou assim desse jeito destrambelhado, fazer o que?! destrambelhada, matraca, atrapalhada, esquecida. sou tudo isso e mais um pouco. e me perco. perco perco perco. perco tudo e eu mesma. nunca me encontrei, pra falar bem da verdade. isso quando se julga que há de fato algo para ser encontrado. Horácio, te odeio, Horácio - porque você procura tudo o que já tem no bolso, e sabe disso, mas gosta de destruir, Horácio, de fato, fico melhor no fundo daquele rio do que com você. Oh, Rocamadour. Será que você, como todos os meus filhos, um dia ririam de mim quando crescessem? Me tratariam como a tola, tolinha disse papai, que todo mundo diz que sou?

Diós, diós... yo no sé lo que... minha boneca de pano, rasgada, e a de porcelada continua com os caquinhos ali caídos pelo chão. Ah, mas ninguém sabe, o silêncio, o silêncio que me mata que sela tudo, e não posso nunca jamais ouvir músicas aiqueódio de não poder ouvir, porque tudo me lembra alguma coisa de várias gentes e nesso momento ninguém sabe o que é isso aqui, entalado na garganta, porque você vem me ver, não é, pai? que não vou mais estar aqui e você vai viajar? ah, nem vou não, filha, sete horas da noite mas eu nem quero sair mais de casa. a grande verdade é que tá todo mundo pouco se fudendo.

Leminski, Leminski, não me obrigue a repetir o que ela disse, mas eu repito:
que se f - que se foda, ela disse. e se fodeu toda.


hahahaha.
e nem to agindo por atitude impensada.
só tô dando chute em tudo o que me dá nos nervos.

vem aqui você também, pra levar a sua parcela de culpa.


Fazer o que, sou chata natural e nem eu me agüento.

call me mad. todo mundo chama mesmo.

e nem ligo mais pra essas transformações.

Um comentário:

Unknown disse...

MEU DEUS....
venho aqui depois de tanto tempo e levo essa pancada de depressão, de angústia, de poesia, de madness de porraloquice...
precisava(?) disso....
Jesus, raikka... fazia um tempinho que não lia algo tão deliciosamente louco; tão belo. É uma junção de poesia, de cores, de imagens... deu para sentir até o cheiro.

so fucking good - I SAY